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Teste de Flexão Cervical Superior | Avaliação do Ligamento Transverso
A instabilidade da coluna cervical superior tem uma taxa de prevalência de 0,6%, de acordo com Beck et al. (2004) e está associada a doenças inflamatórias como a artrite reumatoide, a espondilite anquilosante, bem como a traumatismos e desvios congénitos como a síndrome de Down ou a doença de Marfan. Para aplicar com segurança as técnicas de terapia manual na zona cervical, é necessário detetar uma possível instabilidade cervical superior.
Segundo Cattrysse et al., em 1997, o teste de flexão cervical superior tem uma fiabilidade intra-avaliadores de -0,27 a 1, ou seja, de fraca a perfeita, e uma fiabilidade interavaliadores de Kappa 0,64 a 1, ou seja, de substancial a perfeita. No entanto, este teste não foi avaliado por estudos de diagnóstico, razão pela qual lhe atribuímos um valor clínico questionável.
Para efetuar o teste, o doente deve estar em posição supina e colocar-se na cabeceira do banco. Fixar a vértebra C3 com um punho de chave na direção ventrocraniana. Colocar a outra mão no alto do occipital e fixar a testa do doente com o ombro ou o peito. Agora faça um movimento de flexão suave.
Este teste é positivo se o doente apresentar sintomas de compressão da dura-máter, que é uma dor difusa em vários segmentos da parte superior das costas e da cabeça, ou de compressão da medula espinal, que indica uma rutura do ligamento transverso.
A fixação de C3 é diferente da literatura comum que descreve uma fixação de C2. O problema com a fixação de C2 é que estamos a impedir que os anéis de C2 se inclinem para trás e, assim, belisquem a dura-máter ou o mielum. O teste de flexão cervical superior é, no entanto, um teste de provocação. Ao realizar um aceno cervical superior, os côndilos de C0 rolam para a frente e deslizam para trás, levando consigo o atlas/C1 muito móvel em direção posterior. Quando o arco anterior do atlas embate na dentição, a dentição de C2 é inclinada para trás. Esta inclinação e translação para trás pode ser excessiva em caso de rotura do ligamento transverso, podendo comprimir a dura-máter ou o mielum. A título acessório, a inclinação para trás das bossas de C2 provoca, por sua vez, um movimento de extensão de C2 sobre C3. O movimento exatamente oposto ocorre com a extensão cervical superior. Neste caso, um ligamento transverso intacto inclinará as fossas de C2 anteriormente, provocando um movimento de flexão entre C2 e C3.
21 DOS TESTES ORTOPÉDICOS MAIS ÚTEIS NA PRÁTICA CLÍNICA
Outros testes ortopédicos para avaliar a instabilidade cervical superior são
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