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Sinais e sintomas radiográficos da osteoartrite do joelho
O diagnóstico de osteoartrite tem-se baseado frequentemente no aspeto radiográfico do espaço articular, de acordo com os critérios de Kellgren e Lawrence, e não nas características clínicas. No entanto, investigações recentes demonstraram que as imagens radiográficas e a quantidade de dor e limitação que um doente sente não têm uma correlação tão forte como se pensava. Mais ainda, a sensibilização central e os factores psicossociais podem desempenhar um papel importante na explicação de quais os doentes com osteoartrite radiográfica que sentem dor e quais os que não sentem.
O cluster de Altman et al. do ano de 1986 tem uma sensibilidade de 95% e uma especificidade de 69% para três dos seis sinais e sintomas. Com quatro de seis resultados positivos, a sensibilidade diminuiu para 84%, mas a especificidade aumentou para 89%.
Por este motivo, este grupo tem um elevado valor clínico para excluir ou confirmar a osteoartrite do joelho.
O grupo contém a presença de dor no joelho e os seis itens seguintes:
- Idade superior a 50 anos, devido ao facto de a prevalência aumentar com o aumento da idade, com um pico por volta dos 78 a 79 anos.
- Rigidez matinal inferior a 30 minutos, o que é um fator importante para distinguir a osteoartrite da artrite reumatoide, caso em que a rigidez dura normalmente mais de 30 minutos.
- Crepitações aquando do exame da amplitude de movimentos. Para avaliar este ponto, pode pedir ao seu doente que se agache. É importante distinguir entre o crepitar ósseo, que mais parece uma porta a ranger, e o crepitar sinovial, que é o estalido comum que muitas pessoas sentem desde tenra idade.
- Sensibilidade à palpação das margens ósseas. Isto deve-se ao facto de o osso subcondral, em contraste com a cartilagem propriamente dita, ser altamente inervado e poder ser sensível à palpação.
- Aumento ósseo da articulação do joelho devido à formação de osteófitos.
- Não há aumento da temperatura, o que, mais uma vez, está normalmente associado a um processo inflamatório ativo, como na artrite reumatoide.
21 DOS TESTES ORTOPÉDICOS MAIS ÚTEIS NA PRÁTICA CLÍNICA
Como já foi referido, as radiografias por si só não definem a síndrome clínica da osteoartrite, uma vez que 40% dos doentes incluídos no estudo de Altman eram assintomáticos. Esta é uma boa mensagem, uma vez que abre possibilidades para um tratamento eficaz, incluindo a gestão da carga, o reforço, os exercícios de mobilidade e, talvez mais importante, a educação adequada do doente e a explicação de como os factores psicossociais podem contribuir para a experiência individual de dor do doente.
Consulte também os sinais e sintomas da osteoartrite da anca.
Referências
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